Animação retrata consequências climáticas em territórios do baixo Amazonas 

Vídeo produzido a partir de ilustrações, demonstra reflexos das alterações climáticas em comunidades de várzea e da Resex Tapajós-Arapiuns 

Durante a I Vivência no território realizada na última quinta-feira (10/08), foi lançada a animação que mapeou as consequências das mudanças do clima em territórios indígenas e ribeirinhos de Santarém. Por meio dos vídeos produzidos no concurso #Temudancaclimaticaaqui, exibidos e premiados nas categorias maior repercussão [1º, 2 e 3º lugar] e melhor narrativa, foi possível identificar as situações vivenciadas por essas populações no seu dia a dia. 

Os relatos presentes nas produções, evidenciaram pontos críticos e compartilhados pela maioria: calor intenso, diminuição na quantidade de peixe e aumento do fenômeno das terras caídas. “Escassez do pescado, dificuldade de acesso, aumento das temperaturas são reflexos das ações humanas. As mudanças climáticas não acontecem por acaso. Esse momento de integração é um momento educativo em que a gente dá continuidade a processos de formação socioambiental da sociedade”, explicou a professora da Ufopa, Socorro Pena.

Essas ocorrências deram origem à animação que retratou na prática como impactam a vida de quem depende da pesca para subsistência. “As próprias comunidades podem falar o que estão sentindo das mudanças climáticas porque são quem de fato sofrem as injustiças climáticas”, explicou o coordenador de Educom do PSA, Fábio Pena.

A iniciativa faz parte da estratégia de capacitação para empoderamento de jovens de comunidades tradicionais, ribeirinhas e indígenas da Amazônia, integra as ações da coalizão Vozes do Tapajós pela Ação Climática Justa e do Projeto Águas do Tapajós (TNC). Conta com a parceria do Projeto Saúde e Alegria, Fundação Avina, TNC Brasil, Ufopa, Mopebam, Colônia de Pescadores Z-20, Semed.

“O vídeo é resultado de todo um processo que envolveu formações técnicas sobre produções audiovisuais e conceituais sobre mudanças climáticas. É importante porque marca a consolidação da estratégia de comunicação da própria comunidade para a sociedade, porque nada melhor do que ela própria falar sobre o que tem acontecido no seu entorno”, avaliou Samela Bonfim, responsável pela organização do encontro.

Assista ao vídeo aqui:

Produção e roteiro: @bonfimsamela
Ilustrações e edição: @caderninhoambulante