Projeto de cadeia produtiva do pirarucu manejado será apresentado em Santa Maria nesta sexta (10)

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Programa de capacitação em empreendedorismo para o manejo do pirarucu é fruto da parceria entre Sapopema, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e Colônia de pescadores Z-20. Intenção é capacitar Ribeirinhos para aplicar técnicas de gestão no negócio

Após a concordância de um termo de cooperação entre as entidades, a próxima etapa do projeto é apresentar o programa da cadeia produtiva do pirarucu manejado aos moradores das comunidades beneficiadas com a capacitação. Nesta sexta (10) os consultores das entidades chegam à comunidade Santa Maria do Tapará, conhecida pelo forte potencial de manejo.

A intenção do programa é despertar o espírito empreendedor dos moradores das comunidades Santa Maria, Tapará Miri e Pixuna para a prática sustentável e rentável do manejo do pirarucu na região. 

A responsabilidade do Sebrae em Santarém é capacitar os pescadores para o fornecimento do peixe de grande valor comercial para pessoas jurídicas com finalidade de melhorar a prática comercial dos moradores. A capacitação vai poder fornecer novos conhecimentos aos ribeirinhos com noções de mercado, comercialização, precificação e conhecimento de custo.

A coordenação também está em busca de parceiros comerciais que tenham interesse em comprar o produto dos pescadores com a consciência da importância da compra sustentável porque comprando um produto diferenciado, os empresários obedecem a legislação, já que os pescadores tem cuidado para ter produção continua, com o estabelecimento do tamanho mínimo do pirarucu de um metro e meio.

O processo de organização e consolidação da estratégia de comercialização do pirarucu manejado na região de Santarém tem dois grandes desafios explicados pelo coordenador da Sapopema - Antonio José Bentes: "identificar o pirarucu de manejo para o mercado de Santarém para que as pessoas saibam que ele não é um pirarucu como qualquer outro. Ele tem uma história e faz parte de uma iniciativa legal da comunidade. O segundo ponto é que precisamos identificar os interessados comercialmente com a matéria prima (restaurantes, hotéis, supermercados, barracas de praias) de modo que eles possam compreender a importância desse pirarucu e facilita a relação do comprador e pescador.

O diretor de relações públicas da Z-20 - Jucivaldo Pereira ressaltou a importância ambiental do projeto: "o papel não é só incentivar a comunidade a aumentar o estoque do pirarucu, mas buscar parcerias pra que a gente possa estar levando o conhecimento de como eles podem estar lucrando mais" - explica.

Manejo do pirarucu

As comunidades selecionadas realizam o manejo do pirarucu com maior expressividade na região. Além da fiscalização nos lagos, obedecem a regras estabelecidas por eles em acordos como o tamanho das espécies capturadas, o período do defeso, é aplicam técnicas de contagem para monitorar e evitar a pesca predatória.

Para o biólogo da Sapopema - Fábio Sarmento: "O que acontece atualmente é que eles tem todo o trabalho do manejo, mas já hora de vender, o preço é o mesmo dos vendidos pelas comunidades que não realizam nenhum trabalho de conservação".

Serviço

Onde: Comunidade Santa Maria, região de várzea

Quando: Sexta-feira (10) de agosto

Quem: pescadores, Sapopema, Sebrae e Z-20.

| Por Ascom Sapopema - Samela Bonfim

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