Uso de explosivo em Lago do Tapará gera confusão e chega à Delegacia da Polícia Civil em Santarém

Os moradores de Costa do Tapará ouviram barulhos de material explosivo vindos do Lago do Purús na região na madrugada de domingo. Quando chegaram, encontraram bombas, bajaras e rabetas. Pescadores fugiram do local

Nesta manhã os pescadores que presenciaram o crime ambiental, irão ao departamento de polícia de Santarém para denunciar a prática, apresentar um laudo de constatação e relatório do que foi encontrado no lago. A situação ocorreu na madrugada de domingo e deixou os moradores assustados.

O diretor de Assistência Social da colônia de pescadores Z-20, Jucivaldo Pereira destacou que eles também buscarão apoio para “garantir a segurança da integridade das lideranças comunitárias que estão sendo ameaçadas”.

Após o registro da ocorrência, os pescadores de Costa do Tapará se unirão aos da região do Ituqui para buscar apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente nas fiscalizações. A presença dos órgãos responsáveis é uma demanda antiga e urgente – defendem os moradores que atribuem o crescimento da pesca predatória de pirarucus, tambaquis e tartarugas a ausência dos órgãos fiscalizadores.

Para o biólogo da Sapopema Fábio Sarmento destacou os prejuízos ao ecossitema: “a legislação ambiental não permite que sejam utilizados artefatos dentro de lagos para nenhum tipo de prática de pesca porque provocam danos ao ambiente e faz com que os cardumes se afugentem” – destaca.

Os moradores dessas áreas atuam como fiscais voluntários da natureza para conservar os recursos naturais que sofrem pressão pesqueira. Sem apoio oficial, eles se revezam nas fiscalizações e colocam em risco a própria vida.

Serviço

Quando? Nesta segunda às 10h00

Onde? Na Delegacia de Polícia Civil de Santarém – Silvino Pinto e após o registro na Semma.

Quem? Pescadores de Costa do Tapará e de Ituqui, Diretoria da Colônia de Pescadores Z-20 e Biólogo da Sapopema Fábio Sarmento.